Exame desenvolvido nos EUA pode ajudar a evitar tratamentos desnecessários
Um teste genético desenvolvido – e já disponível – nos Estados Unidos pode ajudar médicos a identificar se um paciente com câncer de próstata é mais propenso a desenvolver casos agressivos da doença – e, assim, prever se ele precisará, ou não, de tratamentos mais intensivos. O exame recebeu o nome de Oncotype DX Genomic Prostate Score (GPS).
De acordo com os autores da pesquisa, realizada na Universidade da Califórnia, San Francisco, com o teste, os médicos também poderão saber quais pacientes diagnosticados com o câncer devem ser acompanhados de forma mais intensa para que a progressão da doença seja controlada. Em um comunicado divulgado pela universidade, os pesquisadores ainda afirmaram que o exame fornece informações prognósticas. “Com o novo teste, podemos ter mais confiança em recomendar uma vigilância ativa quando é apropriado”, diz Matthew Cooperberg, coordenador do estudo.
A vigilância ativa consiste no monitoramento intenso da doença de um paciente, feito com a realização de uma série de exames, para que o médico controle a progressão da condição. Com isso, é possível adiar ou até evitar cirurgias e tratamentos intensos em certos casos.
“Essa é a melhor estratégia para lidar com pacientes com baixo risco de câncer de próstata agressivo, mas ela é usada com pouca frequência. Há várias razões para isso, uma delas é que os homens não querem viver ansiosos pela possibilidade de apresentar um progresso da doença. Por isso, precisamos prever melhor quais tumores têm potencial para serem metastáticos e, assim, que precisam de fato ser monitorados”, diz Cooperberg.
O exame, portanto, além de identificar homens com um maior risco de desenvolver casos graves de câncer de próstata, também pode fazer com que pacientes menos propensos a apresentar progressão da doença sejam poupados dessa ansiedade, além de tratamentos desnecessários e efeitos adversos que poderiam ser evitados.
Pesquisa – As conclusões foram obtidas após a equipe de pesquisadores avaliar a capacidade de 17 genes em fornecer informações sobre o risco de progresso do câncer de próstata. Depois, os autores aplicaram o teste em 395 homens de 38 a 77 anos de idade que haviam sido diagnosticados com a doença. A gravidade do tumor dos participantes variou de baixa para média. Os resultados do estudo foram divulgados neste mês durante o encontro anual da Associação Americana de Urologia, em San Diego.
Fonte: Veja
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