Câncer é um problema de saúde pública. No Brasil, a cada ano, 500 mil pessoas descobrem que estão com a doença. Mais de 120 mil morrem. Todos os meses, 235 mil brasileiros procuram ambulatórios para fazer quimioterapia. E outros 100 mil, para buscar radioterapia. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer e do Ministério da Saúde.
Câncer também é uma
questão econômica. Os casos de mortes e invalidez custam à economia global
cerca de 1 trilhão de dólares por ano, segundo a União Internacional de Controle
do Câncer. É o equivalente ao PIB do México. No Brasil, o Ministério da Saúde
investe anualmente 1,7 bilhão de reais em políticas de tratamento e combate à
doença. É quase o total de toda a riqueza produzida pelo município de Santarém
em um ano.
Os números dimensionam a
grandiosidade do tema, mas não conseguem traduzir as tragédias familiares
causadas pelo câncer: a angústia de um pai diante do sofrimento de um filho com
leucemia, a dor de um filho que perde a mãe para o câncer de mama ou a
impotência de um paciente com câncer na garganta que começa a sentir a voz indo
embora, dessa vez para não voltar mais. São histórias que continuam acontecendo
e fazem do câncer a segunda maior causa de mortalidade no Brasil.
Transformar essa
realidade não é um desafio exclusivo de governos que investem em políticas de
tratamento, nem de cientistas que buscam alternativas para a cura e tampouco de
empresas de tecnologia médica que desenvolvem novos equipamentos. O cidadão
comum também pode ajudar a combater o câncer ao agregar hábitos de prevenção ao
cotidiano. Alimentar-se de forma equilibrada, controlar o peso e praticar
exercícios físicos, por exemplo, são costumes simples que diminuem
consideravelmente o risco de desenvolver a doença.
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